quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Será a CPCJ uma Invenção dos Tempos Modernos?

Enquanto me entretenho com os afazeres domésticos, gosto de ter a televisão ligada. Não que se aprenda grande coisa com a programação em curso, mas, de todo o modo, ter a o televisor ligado, dá-me, na maioria dos casos, uma falsa sensação de companhia.

Normalmente, não tomo grande atenção ao que vai passando. Ouço apenas um barulho de fundo, como que se, além de mim, outros partilhassem da minha labuta.

Ontem, entre o jantar dos pequenos e o põe e tira habitual de loiça da máquina, percebo que algo de estranho se passa na RTP Memória.

Como que um ruído que se inicia ao longe e que rapidamente se aproxima e nos fere os ouvidos, assim foi a sensação que experimentei, logo seguida de uma visão dantesca que muito me fez desejar voltar à era da telefonia, onde o som, por pior que fosse, jamais poderia ser acompanhado de imagem que o completasse.

Ora espreitem lá:




Onde estava a CPCJ?
Onde estavam os “Eduardos Sás” da vida?!!! 

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Keep Calm... e Tende Juizinho Nessa Mona!

Já aqui referi a minha particular implicância com o mês de Agosto. É um mês difícil, complicado, muita gente, pouca paciência, muito calor, pouca vontade, muito trânsito, pouco estacionamento, muita toalha, pouca areia....

Mas a verdade, e não retirando tudo o que de mau o mês de Agosto tem, a verdade, é que houvessem mais 4 ou 5 Agostos por ano e esta seria, talvez, a região mais rica do País.

Já aqui disse, e repito, que não gosto de generalizações! Acho feio, desonesto e, sobretudo, representativo de muita ignorância e horizontes curtos. Gente boa e gente má, há em todo o lado, tal como a falta de civismo se encontra por todo o país.

Posto isto, caros conterrâneos, parem lá com essa merda:  


Porque são eles que vos pagam os ordenados!

Sendo certo, porém, que ninguém tem o direito de, pelo simples facto de estar de férias, esquecer o sentido de civismo, respeito e boa educação, a verdade é que, para uma região que vive, quase exclusivamente do turismo, este tipo de post de pura xenofobia, não contribui, em nada, para a melhoria da imagem do Algarve e do respeito que os algarvios, na sua generalidade, merecem!

Tenham mas é juízo!




sexta-feira, 5 de junho de 2015

Enche mas é a boca para não fazeres perguntas difíceis!

AP - Pai, como é que eu fui parar à barriga da Mãe?!!!
Marido - Então... o que queres de pequeno almoço? Papa ou iogurte?!!!

O que vale é que o puto acorda sempre com uma fome de leão!!!

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Ossos do Ofício!

- Estou, boa tarde! Já tenho o acordo pronto. Podemos marcar uma hora para cá vir ao escritório?
- Sim, claro, a que horas?
- Amanhã, às 12H00, está bem?
- Sim, está... mas sabe, esta minha cabeça não anda bem... Ligue-me amanhã, por volta das 9H00.

Respirei fundo e já antevendo o improvável, faço a pergunta:
- Desculpe, mas ligar-lhe às 9H00, para quê?
- Ah.. é que eu ando meio esquecida, posso não me lembrar...
- ENTÃO APONTE!!!!

Se calhar fui um bocadinho bruta!....Sim, é possível!


sexta-feira, 29 de maio de 2015

O Cão do Joãozinho....!

Há dias assim, nem bem nem mal.

Não era um daqueles dias de gritar de euforia, mas a coisa também não estava mal de todo.

Entre os afazeres do costume, calhou-me uma ida ao banco.

Tirei a minha senha e aguardei. Tinha apenas duas pessoas à minha frente.

O cliente ao balcão finalizou a sua operação e dirigia-se para a saída quando me reconheceu:
- Olá, como está, há tanto tempo que não a via!
- Ah, olá, como vai o Senhor?!!! (sorriso rasgado, como sempre… um dia hei-de aprender a ser carrancuda!)
- Deixe-me olhar bem para si, para ver como está! (olhar fixo)
- Está tudo bem, tudo na mesma! (queria eu!).
- Não, não, não… já vejo aí umas ruguinhas……!

Neste momento o meu coração parou, a minha cabeça girou inadvertidamente para ver se alguém ouvia aquela barbaridade! Mas alguém, no seu perfeito juízo, diz uma coisa destas?!!!!

Tentando disfarçar o azedume que me ia no estômago, olho a criatura de lado e tento despedir-me, com algo do género:

- Pois, é assim! Prazer em vê-lo! (há mentiras que se justificam!)

Mas o indivíduo não desarmou, e voltou à carga!
- Sabe, você faz-me lembrar a Mariazinha, a minha ex-mulher, quando lhe começaram a aparecer as rugas. O nosso Filho tinha um cão muito enrugadinho e eu dizia-lhe que ela parecia o cão do Joãozinho….

Aqui morri, finei-me de vez e pensei: Puta que pariu, que se o homem não se cala já, perco a compostura e solto a vadia que há em mim!

Aguentei-me, pensei nos meus Filhos e no exemplo que uma lady deve dar, mesmo em situações de clara e repetida violência.

O homem foi-se embora, na graça do Senhor e eu… bem, eu… fiquei a digerir aquela cena dantesca.
Nem consigo perceber porque razão a Mariazinha se pôs ao fresco!!!

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Aos Anjos!

Quando o meu primeiro Filho nasceu, a minha Mãe disse-me uma coisa que nunca hei-de esquecer:  “A partir de agora vais olhar todas as crianças do mundo com outros olhos.”
De todas as coisas que me disse até hoje, essa é, seguramente, das mais acertadas.

Nunca fui muito maternal, nunca tive especial aptidão para lidar com crianças e muito pouco me derretia com as suas traquinices.
Enquanto miúda nunca quis ser pediatra ou educadora de infância ou outra profissão qualquer que lidasse com miúdos.
Nunca lhes tive aversão, evidentemente, mas confesso que nalguma fase da minha vida questionei mesmo se um dia viria a desejar ter filhos.
Desejei, tive, (e teria mais se a vida, a todos os níveis, me permitisse), apaixonei-me pelos meus Filhos e, tal como a minha Mãe sabiamente previu, apaixonei-me também, de alguma forma, pelos Filhos dos outros.
Não vejo muita televisão, não tenho grande tempo para o fazer, o que me tem custado alguma desactualização. Ainda assim, não o suficiente para me poupar ao murro no estômago que levei com a notícia do bebé de Linda-a-Velha.

Ontem abracei o meu Filho mais novo (pela semelhança de idades) com mais força, dei-lhe mais beijinhos, mais mimo, como se de alguma forma o calor do meu abraço o protegesse de todo o mal do mundo, como se de alguma forma o sentimento de protecção que tenho em relação aos meus Filhos pudesse valer a todas as crianças e, de algum modo, pudesse aconchegar aquele bebé, onde quer que ele se encontre.